7 de jun. de 2016


Lançamento do mês



“Este livro tem particular importância por conta da concentração humana em centros urbanos, tornando o contato com a natureza cada vez mais incomum. Por isso, ao compartilhar sua ligação com a natureza, o autor abre portas para outros se reconectarem com sua essência natural.”

Suzana & Claudio Padua - IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas.

Em todas as facetas de sua personalidade de empreendedor, artista e pesquisador visionário, Angelo Naj Oleari sempre olhou na direção das plantas e o seu olhar o leva a reconsiderar em primeiro lugar o sistema agrícola vigente, centrado na monocultura que, saturando e depauperando as plantas, priva a própria humanidade de grande parte de seus benefícios.
Neste livro, repassa a história de sua aliança com o mundo vegetal, as ideias e os desafios; em particular aquele que culmina no projeto de Cultivo Silvestre. A partir desse conceito – ao qual corresponde um bem preciso protocolo de cultivo – somos chamados a reconsiderar todo o nosso sistema, não só de produção, mas de vida em sentido amplo: abraçar e fortalecer o relacionamento com as plantas, naquilo que o autor chama de “espírito de solidariedade e participação”, a própria Harmonia Silvestre.


“O mundo precisa de mais pessoas como Angelo Naj Oleari, com sua paixão latente pela natureza. O autor descreve sua ligação com as plantas, que o mimetizam profundamente na teia de vida da qual fazemos parte.
Faz lembrar uma obra clássica, O Jardim Secreto, pela sua observação minuciosa das mudanças que ocorrem no mundo natural, com efeitos mágicos nas crianças e posteriormente nos adultos, personagens do livro. A transformação de um ambiente doente e sombrio em encantamentos, mistérios e esperanças só foram possíveis por conta de um contato íntimo com o jardim secreto.
Pois o autor de Sementes Corajosas: a natureza sabe mais do que o homem, parece ter descoberto seus próprios jardins secretos. Ao contrastar o mundo natural com os efeitos da agricultura moderna, por exemplo, chama a atenção para a necessidade de buscarmos o que é sadio e belo como alimento para nossos corpos físicos e espirituais. Esses são fatores que implicam na qualidade da vida que nutrimos ou que podemos destruir junto com o que resta do mundo natural.
Este livro tem particular importância por conta da concentração humana em centros urbanos, tornando o contato com a natureza cada vez mais incomum. Menos pessoas hoje são capazes de se sentir parte dessa rica e intrincada teia de vida da qual fazemos parte. Por isso, ao compartilhar sua ligação com a natureza, o autor abre portas para outros se reconectarem com sua essência natural. Parabéns e obrigada, Angelo Naj Oleari, por descrever com tanta sensibilidade sua experiência de inegável importância neste momento planetário.”

Suzana Padua é doutora pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília em educação ambiental e Presidente do IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas. Claudio Padua é doutor pela Universidade da Flórida em Wildlife Ecology, Vice-Presidente do IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas e Reitor da Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade - ESCAS (IPÊ). 




Angelo Naj Oleari começou a trabalhar aos vinte anos como artista Fluxus com mostras na Itália e na Alemanha e depois, como responsável pelo estilo da Naj Oleari, histórica fábrica da família e símbolo nos anos 1980, de uma geração de jovens com espírito livre. Em 1975 criou em Milão o Centro Botanico, local de referência para os apaixonados por plantas. Pesquisas, exposições, publicações, sementes e tantos produtos naturais, acabaram por abrir espaço para uma série de lojas com propostas de qualidade de vida. É membro da International Dendrology Society e presidente da Associação Internacional Brave Seeds International Association no Brasil: desenvolvimento do Cultivo Silvestre, pesquisa e produtos alimentares mais saudáveis.
Publicou na Itália os livros Acqua alta (Società de poesia, 1982), Note del mio giardino (Centro Botanico, 1984) e Armonia Selvatica (Ponte alle Grazie, 2014).